terça-feira, 10 de junho de 2014

Thirteen Reasons Why de Jay Asher

Sinopse

You can't stop the future. You can't rewind the past. The only way to learn the secret. . . is to press play.

Clay Jensen doesn't want anything to do with the tapes Hannah Baker made. Hannah is dead. Her secrets should be buried with her. Then Hannah's voice tells Clay that his name is on her tapes-- and that he is, in some way, responsible for her death. All through the night, Clay keeps listening. He follows Hannah's recorded words throughout his small town. . . . .and what he discovers changes his life forever.

A Minha Opinião

Admito que tive de ponderar durante algum tempo sobre a minha review deste livro. Não é fácil escrever algo sobre ele, não tanto pelo prazer que a sua leitura me proporcionou (que neste caso foi nenhuma), mas pelo tema que aborda. 

Sabemos que ao pegar num livro que aborda de uma maneira tão única o suicídio é sinónimo de uma leitura algo pesada - e sim, mórbida - que muito possivelmente nos levará a analisar as várias questões que são suscitadas durante o livro, algumas da quais (possivelmente) nunca nos tinham passado pela cabeça. Admito que tal, assim como o facto de a história ser contada através de áudio cassetes, foram as principais razões que me atraíram para este livro, mas infelizmente a história não correspondeu às minhas expectativas.

Se tivesse de escolher apenas uma palavra para caracterizar este livro escolheria "egoísmo". A atitude de Hanna ao decidir partilhar estas cassetes parece bastante egoísta. Sim, tal como disse, essa até foi uma das coisas que me atraiu mais em relação a este livro, mas depois de lê-lo posso dizer que aquelas cassetes eram apenas lavagem de roupa suja. Partilhou momentos que, analisados a frio, nos levariam a desvalorizá-los e a considerá-los como pouco merecedores do estatuto de razões pelas quais Hanna se suicida, especialmente no início. Claro que no final conseguimos perceber o desespero em que se encontrava e o que a levava a agir daquela forma, mas até chegar a esse ponto a história soube sempre a pouco e a ideia de egoísmo foi a que dominou os meus pensamentos durante essa fase.

Para além disso, e tal como já referi, uma boa parte das razões pelas quais Hanna incluía certas pessoas nas cassetes parecia pouco sustentada. Criava-se um grande suspense em relação a cada personagem e ao que poderia ter levado à sua inclusão na lista de Hanna, mas chegado o fim do capítulo imperava a sensação de insatisfação. Uma das personagens chegou mesmo a dizer "I don't belong on those tapes. Hanna just wanted an excuse to kill herself." E, confesso, durante uma boa parte do livro cheguei a compreender esta posição. Realmente parecia que Hanna ia buscar fundamentos a momentos que, na realidade, não seriam suficientemente fortes para motivar um suicídio.

Apesar de tudo, penso que este é daqueles livros que não deve ser apressado e que mesmo depois de terminá-lo, devemos tirar algum tempo para refletir sobre aquilo que acabámos de ler. É verdade, não creio que seja uma história especialmente brilhante nem que esteja particularmente bem escrita, mas gostei do facto de o autor não ter receio de abordar um tema difícil e de uma forma tão diferente, convidando o leitor a pensar sobre aquilo que se está a passar. Para além disso - e creio que esse é que foi o grande ponto forte desta história - procura ainda mostrar como cada um pode lidar com o suicidio de um amigo/familiar de diferentes formas. A forma como Clay se vai perdendo nestas cassestes e como vai reflectrindo sobre a sua própria vida e crescendo está muito bem conseguida nesta história e esse acaba por ser um dos pontos em que o autor faz a sua história brilhar.

Concluindo, apesar de de reconhecer que o livro tem os seus pontos fortes, tenho de reconhecer que não gostei da história em geral e que me irritei com Hanna e com a posição de superioridade moral em que por vezes parecia colocar-se. Para além disso, acho que todo o livro deixa uma sensação de insatisfação por não conseguir corresponder a todo o suspense que cria em relação aos vários motivos que culminam no suicidio de Hanna.

Classificação: 2 estrelas

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Minha Música (11)

Estou cada vez mais fascinada pela a voz desta mulher


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Balanço de Leituras: Maio

Penso que este não foi propriamente o melhor mês de leituras, não tanto pela quantidade (li 5 livros, o que, tendo em conta o meu novo horário de trabalho, até não é mau), mas pelo prazer que me proporcionaram.


  • The Cuckoo's Calling de Robert Galbraith: adorei este livro! Fiquei agradavelmente surpreendida com a versatilidade de JK Rowling e com a sua capacidade de escrever um bom policial. Review aqui.

  • A Relíquia de Eça de Queiroz: tenho uma coleção muito bonita das obras completas de Eça de Queiroz e até agora não li muita coisa (apenas Os Maias, Cidade e as Serras, Contos e Tragédia da Rua das Flores) e por isso tive alguma vontade de pegar noutra das suas obras. Gostei da premissa e achei alguma piada às personagens, mas devo também admitir que alguns momentos foram especialmente custosos ... Review aqui.


  • Halloween de Nádia Batista: um conto de uma fellow blogger. Gostei e achei que seria bastante apropriado para o Halloween pela sua atmosfera meio assustadora e pelo final surpreendente. Review aqui.


  • Diário de um Escândalo de Zöe Heller: outra agradável surpresa! Conhecia a premissa da história, mas não esperava que se desenvolvesse desta forma e que cativasse tanto. Um livro que vale bem a pena ler. Review aqui.

  • Paper Town de John Green: penso que este acabou por ser a grande decepção do mês. Apesar de saber que esta era uma obra que reunia pouco consenso a nível de reviews, não consegui evitar a desilusão. O estilo do autor não me rendeu, apesar de perceber o fascínio que leitores mais adolescente têm por ele. Review aqui.
Relativamente aos meus desafios literários, o meu progresso foi o seguinte:

  • A a Z: pura e simplesmente não houve progresso. Não li nenhum dos livros que consta na minha lista.
  • 5 x 5: cumpri o meu objetivo d eler mais um livro de um autor português ao ler A Relíquia (Eça de Queiroz é um dos autores que constam na minha lista).
  • Mount TBR: também só contribui com um livro para este desafio e foi ele A Relíquia.