domingo, 30 de março de 2014

El Prisionero del Cielo de Carlos Ruiz Zafón

Sinopse

Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas.
Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.
Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.

A Minha Opinião

Parti para a leitura deste livro com expetativas bastante moderadas. El Juego del Ángel não me conquistou por completo e dada a tendência para considerar o terceiro livro da saga como o mais fraco, pensei muito sinceramente que o melhor seria tentar atirar-me para a leitura de El Prisionero del Cielo sem grandes expetativas. 

O que dizer sobre este livro? Por um lado, adorei voltar a encontrar-me com Daniel e Fermín, as duas personagens que me tinham encantado em La Sombra del Viento. Voltam enquanto protagonistas desta história, mas é o passado de Fermín que ficamos a conhecer melhor. Nas reviews que já tinha lido, havia muita gente que apontava este facto como um dos aspetos negativos deste livro, afirmando inclusivamente que a obra parecia uma mera compilação dos apontamentos do autor sobre esta personagem. No entanto, devo admitir que esta foi precisamente uma das coisas de que mais gostei neste livro. Por um lado, porque Fermín é a minha personagem preferida desta saga e por isso tinha curiosidade em saber mais coisas sobre si, mas por outro, porque permitiu perceber melhor as ligações que existem entre as diferentes personagens e histórias. Penso que ficaram mais claras as ramificações da relação de David com Isabela e com a família Sempere e a forma como tal afetava Daniel. E claro, estando este livro tão focado em Fermín, seria impossível não destacar a sua forma tão peculiar de falar, que por várias vezes me fez rir e fazer caras estranhas em plena viagem de comboio.

Para além disso, gostei das referências a obras como O Conde de Monte Cristo e a Os Miseráveis e a forma como acabavam por se interligar com as vidas dos nosso heróis. É algo que, em geral, gosto de ver nos livros e que neste resultou especialmente bem e que se enquadrava perfeitamente no ambiente gótico e meio onírico que caracteriza as obras de Carlos Ruiz Záfon.

No geral, desfrutei muito mais esta leitura do que El Juego del Ángel. Claro que, em parte, isso teve que ver com Fermín e com Daniel, mas por outro lado penso que também se deveu à própria história. Gostei do facto de ficar a conhecer algumas das coisas que se tinham passado entre os dois primeiros livros da saga, mas reconheço que, ainda assim, queria mais. O livro acabou por se focar muito no passado e pouco avançou quanto ao presente. Deixou em aberto algumas questões e criou um certo suspense para o quarto e último livro da saga o que fez com que, no geral, acabasse por saber a pouco. Acho que o livro acaba por ter um certo ar de novela intermédia do que propriamente a de um romance acabado, algo que acaba por não corresponder à sua dimensão. No entanto, gostei bastante da história e li mais rápido do que estava à espera.

Classificação: 4 estrelas

sexta-feira, 28 de março de 2014

As Minhas Músicas (8)

Vinha ontem a ouvir isto no carro


terça-feira, 25 de março de 2014

Book Haul (4)

Pequeno book haul dos livros adquiridos desde o início de 2014. Tal como já tinha referido anteriormente, não sou pessoa de grandes desvaneios no diz respeito a compras, por isso não costumo acumular livros suficientes em cada mês para fazer haus mensais.

(peço desde já desculpa pela qualidade das fotografias, mas é o que dá fazer as coisas a correr ...)


  • The Constant Princess de Philippa Gregory: já li este livro e podem ler a review que fiz aqui.
  • Cinder de Marissa Meyer: leitura conjunta do mês de Fevereiro e podem ler a minha review aqui.


  • Paper Towns de John Green: uma das minhas resoluções literárias para este ano é, precisamente, a de ler um livro de John Green. Ainda não li nada deste autor, mas estou bastante curiosa em relação ao seu trabalho e por isso quando vi que a Catarina do blog Sonhar de Olhos Abertos tinha este livro à venda, deixei-me levar e aproveitei a oportunidade.
  • Thirteen Reasons Why by Jay Asher: um livro que já constava na minha wishlist há algum tempo e que também comprei à Catarina ;)

  • Ana Karenina de Leão Tolstoi: há bastante tempo que queria ler este livro e o facto de esta ser a escolha para uma leitura conjunta de Abril, pareceu-me a oportunidade perfeita para finalmente atirar-me a este desafio.
  • Diário de um Escândalo de Zöe Heller: foi o único livro que comprei através do concurso da Presença. Confesso que o livro é mais pequeno do que estava à espera, mas espero que seja uma leitura interessante.
Até ao próximo post e boas leituras ;)

sábado, 22 de março de 2014

El Juego del Ángel de Carloz Ruiz Zafón

Sinopse:

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais. 

Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.

A Minha Opinião:

Foi com alguma expetativa que comecei a ler o segundo volume da saga El Cementerio de Los Libros Olvidados. Adorei La Sombra del Viento e tinha alguma esperança que este livro conseguisse, não só, manter a aura do primeiro, mas também encantar-me da mesma forma. 

Começando pelos aspetos positivos. Desde logo, o estilo de Carlos Ruiz Zafón. A sua forma de escrever e a composição da sua narrativa continua a fascinar-me e contribui em grande medida para que me deixe envolver nas suas histórias.  Existem sempre várias passagens que merecem ser destacadas e nas quais acabo por me rever.

Para além disso, penso que a nível das personagens o autor também fez um excelente trabalho, especialmente com Isabella. Uma personagem feminina forte, determinada e bastante fiel a quem merecesse a sua admiração. Adorei as sua relação com David Martin e de, apesar de não terem começado da melhor forma, terem criado um laço tão forte entre si. Para além disso, achei que alguns dos seus diálogos era verdadeiramente deliciosos, tendo, inclusivamente, levado a que sorrisse por diversas vezes. Aliás, David parecia ter esse condão. Uma personagem atormentada pelas suas escolhas e pelo seu percurso mas que, ainda assim, conseguia fascinar-me com o seu sarcasmo e com as suas palavras.

Como último aspeto positivo destaco a ligação com a família Sempere. Apesar de ser uma história que ocorre antes dos acontecimento de A Sombra do Vento, gostei do facto de o autor incorporar algo que já me era familiar e de falar no avó de Daniel e da sua já conhecida livraria.

No entanto, há que admitir que este livro não brilhou da mesma forma que o primeiro - pelo menos para mim. Achei que tinha alguns altos e baixos e que houve momentos em que a narrativa se arrastou. Aliás, admito que só depois das primeiras 150 páginas é que me comecei a interessar mais pela história. Não é que o que estivesse a acontecer não fosse interessante; simplesmente não me cativava. 

Para além disso, Cristina - um dos vértices do triângulo amoroso criado com David e Pedro Vidal -  irritou-me em alguns momentos. Achei-a demasiado sofrida e algo manipuladora e, muito sinceramente, a sua faceta mártir não me convenceu. A nível de personagens femininas, Isabella dava 15-0 a Cristina. (Just saying ...)

No geral, uma sequela interessante mas que fica um pouco aquém de A Sombra do Vento. Gostei da ponte feita com a realidade que já era conhecida desse primeiro volume, mas houve alguns aspetos em El Juego del Ángel que acabaram por comprometer o meu encanto e que, inclusivamente, contribuíram para que não me sentisse tão cativada. Para quem gostou de A Sombra do Vento, penso que o melhor será tentar moderar as suas expetativas. O livro é bom e interessante, mas não creio que tenha a mesma magia ...
Classificação: 3,5 estrelas


terça-feira, 18 de março de 2014

Livros Imperdíveis

Acho alguma piada às listas de livros tidos como must reads ou imperdíveis. Gosto de consultá-las e contar os livros que li e aqueles que estão nas minhas estantes à espera da sua vez para serem devorados. Faço-o um pouco na desportiva e sem qualquer obsessão por tentar alcançar um dado patamar para que me possa considerar mais realizada. 


Já consultei algumas, inclusivamente uma que fazia referência aos 1 000 livros que toda a gente deveria ler ao longo da sua vida, mas são as da BBC que acabam por despertar o meu interesse. Verdade seja dita, há livros que constam em qualquer lista deste estilo (especialmente clássicos como Hamlet, O Conde de Monte Cristo e, pelo menos, uma obra de Jane Austen e outra de uma das irmãs Brönte), mas não deixo de ficar algo surpreendida com os critérios segundos os quais essas obras são escolhidas. Aliás, poder-se-ia dizer que são algo falaciosos, na medida em que há uma clara tendência para que a lista se encontre predominantemente composta por obras anglo-saxónicas e para que certos autores sejam sempre mencionados (até parece que não havia mais nenhum que valesse a pena referir!). 

Claro que este tipo de listas acabam sempre por ter um escopo algo limitado. É bastante difícil selecionar apenas 100 livros de entre a miríade de obras e de autores espalhados pelo mundo que, sem dúvida, valerão a pena conhecer. No entanto, é preciso ter em conta que o facto de esses livros constarem numa lista deste género não significar que sejam obras de que toda a gente goste. Aliás, qualquer livro é passível de críticas e haverá sempre quem tenha algo a apontar de menos positivo.

No entanto, e tal como referi anteriormente, até gosto da lista da BBC. Apesar de reunir muitos autores e obras de língua inglesa, inclui livros de outros países e parece-me que, no geral, estamos perante obras perfeitamente acessíveis e que despertariam o interesse de qualquer pessoa, dada a variedade de géneros e épocas.  Podem consultá-la neste link e ver quantos livros é que já leram :) 

De acordo com o que consta no topo da lista, a BBC "pensa" que a maioria das pessoas apenas leu 6 dos livros que constam na sua lista, mas entre utilizadores do Goodreads essa média sobre para os 23.


Fiquei satisfeita com o facto de já ter lido sensivelmente  1/4 da lista e de ter na minha estante outros 6 livros que ainda estão por ler. 

O que é que acham deste tipo de lista? Despertavam-vos alguma curiosidade ou não gostam de consultá-las?

Até ao próximo post e boas leituras :)

domingo, 16 de março de 2014

TAG: Livros Grandes

Apetecia-me fazer um post com muitas fotos e com pouco texto e por isso resolvi responder a uma TAG. Desta vez escolhi a TAG dos livros grandes (vídeo original aqui) e o objetivo é, essencialmente, identificar os 5 maiores livros que já lemos (por ordem crescente) e depois indicar 2 livros grandes que ainda não tenhamos lido.

Livros lidos






Harry Potter e a Ordem de Fénix de J.K. Rowling

750 páginas 






 Amanhecer de Stephanie Meyer

753 páginas















O Nome do Vento de Patrick Rothfuss

778 páginas
















O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas

875 páginas













Scarlett de Alexandra Ripley

957 páginas






Livros a ler






Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas

636 páginas  













(livro que já estou a ler)

El Juego del Ángel de Carlos Ruiz Zafón

667 páginas








Boas leituras e até ao próximo post :)

sexta-feira, 14 de março de 2014

#Friday Reads (25)

Este fim de semana irei dedicar-me ao livro El Juego del Ángel de Carlos Ruiz Záfon. Adorei La Sombra del Viento (é um dos meus livros preferidos), por isso estou bastante curiosa em relação ao segundo volume da saga El Cementerio de los Libros Olvidados. 

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais.
Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.

Até ao momento li cerca de 200 páginas e, tenho de admitir, não estou a gostar tanto como do primeiro livro, mas penso que a história é interessante. Durante as primeiras páginas não houve nada que me fascinasse, mas penso que cheguei agora a um ponto em que a história irá espevitar mais.

quarta-feira, 12 de março de 2014

The Constant Princess de Philippa Gregory

Sinopse:

Splendid and sumptuous historical novel from this internationally bestselling author, telling of the early life of Katherine of Aragon. We think of her as the barren wife of a notorious king; but behind this legacy lies a fascinating story. Katherine of Aragon is born Catalina, the Spanish Infanta, to parents who are both rulers and warriors.

Aged four, she is betrothed to Arthur, Prince of Wales, and is raised to be Queen of England. She is never in doubt that it is her destiny to rule that far-off, wet, cold land. Her faith is tested when her prospective father-in-law greets her arrival in her new country with a great insult; Arthur seems little better than a boy; the food is strange and the customs coarse.

Slowly she adapts to the first Tudor court, and life as Arthur's wife grows ever more bearable. But when the studious young man dies, she is left to make her own future: how can she now be queen, and found a dynasty? Only by marrying Arthur's young brother, the sunny but spoilt Henry. His father and grandmother are against it; her powerful parents prove little use.

Yet Katherine is her mother's daughter and her fighting spirit is strong. She will do anything to achieve her aim; even if it means telling the greatest lie, and holding to it. Philippa Gregory proves yet again that behind the apparently familiar face of history lies an astonishing story: of women warriors influencing the future of Europe, of revered heroes making deep mistakes, and of an untold love story which changes the fate of a nation.

A Minha Opinião:

Esta foi uma dupla estreia: por um lado, porque foi o meu primeiro livro desta autora, por outro, porque, até ao momento, ainda não tinha lido nada relacionado com a dinastia Tudor. 

Foi uma leitura com os seus altos e baixos, não haja dúvida. Se por um lado a história parecia estar bem documentada e que nos dava um retrato realtivamente fiél da vida na corte durante os reinados de Henrique VII e Henrique VIII, creo que, em determinados aspetos, estava demasiado romanceado. Toda a história de amor entre Catalina e Arthur (o seu primeiro marido) pareceu-me demasiado mágica e pouco verísimil, especialmente se tivermos em conta a altura em que tudo isto se desenrolou. Foi a única parte que me fez duvidar um pouco da sua veracidade e que, muito sinceramente, parecia mais uma lenda do que algo baseado em qualquer documentação ou investigação histórica devidamente comprovada.

Para além disso, achei que a alternância na narrativa, passando da 3ª pessoa para a perspetiva pessoal de Catalina, também não foi sempre feliz. Por um lado, pareceu-me uma boa aposta da autora, uma vez que fazia sentido que tivessemos acesso aos pensamentos e divagações mais intimas de Catalina, não fosse ela o principal enfoque da história. Contudo, algumas das suas intervenções revelaram-se algo repetitivas e pouco cativantes, o que levou a que, em certos momentos, me limitasse a ler na diagonal para passar à próxima página.

Destaco ainda o facto de ser um livro pontuado por alguns elementos relacionados com estratégia militar e com a religião, algo que me pareceu bastante interessante, especialmente nos momentos em que se via o debate interno de Catalina e a forma como acabava por questionar aquilo que sempre assumiu como uma verdade absoluta. Aliás, o meu momento preferido do livro é precisamente aquele em que ela se vê forçada a consultar um médico Mouro, algo que ela a princípio rejeitava por ele não seguir os ensinamentos da fé cristã.

Já no que diz respeito às personagens, penso que Catalina e Henrique VIII são as que merecem maior destaque. Este último pela sua jovialidade e boa disposição, mas também pelo facto de parecer uma pessoa completamente desprendida, que apenas se preocupava com a sua diversão e com a sua obsessão por gerar um filho que desse continuação à dinastia Tudor. No entanto, achei interessante o retrato que foi feito ao longo da história porque apenas conhecia a parte dos diversos casamentos e da sua guerra com a Igreja Católica. Já Catalina destaca-se pela sua força e pelo seu engenho. Era uma pessoa bastante inteligente e determinada, caraterísticas que, muito provavelmente, tería herdado da sua mãe. Penso mesmo que acaba por ser impossível não admirar, ainda que um pouco, esta mulher. No entanto, houve momentos em que a achei demasiado obsecada com o objetivo de ser Rainha de Inglaterra levando mesmo a que o seu discurso se tornasse demasiado repetitivo

Uma leitura interessante mas que não aconselharia a quem procura algo rápido. No entanto, parece-me uma boa aposta, especialmente para quem gosta de ficção histórica e que se sinta especialmente curioso em relação às mulheres que fizeram parte da dinastia Tudor. 

Classificação: 3,5 estrelas.

terça-feira, 11 de março de 2014

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desafio 7+Balanço Final

Desafio 7.1: Imaginando que todas as personagens principais do vosso livro iam a um baile de máscaras, indiquem de que iam mascaradas, onde seria o baile e uma das muitas músicas que deveriam tocar para eles dançarem.

Hm não sou muito imaginativa para estas coisas ... As personagens principais do meu livro são Catalina (Infanta de Espanha e filha da rainha Isabel), Arthur e Henry VIII Tudor. Acho que vestia esta malta toda muito ao estilo disco, a fazer lembrar o Saturday Night Fever, e metia-os num ringue patinagem. Uma das músicas que não poderia faltar era esta:


Desafio 7.2: A maratona está a chegar ao fim. Que balanço é que fazem? Conseguiram atingir os vossos objetivos?

Nesta maratona li 416 páginas de The Constant Princess. Gostava de ter conseguido acabar o livro, mas a verdade é que não é uma história de leitura rápida e houve momentos em que, pura e simplesmente, não tive vontade de lhe pegar. No entanto, agora que já estou mais perto do final, devo admitir que até estou a gostar mais da história. Em breve deixarei a minha review.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desafio 6

Desafio 6.1: Completar a flor com personagens femininas que vos marcaram.

1 - Lisbeth Salander: a minha personagem feminina preferida.
2 - Hermione Granger: penso que foi das primeiras personagens femininas que fiquei a admirar. Adorava o facto de ela ser tão intelectual mas, ao mesmo tempo, ser aventureira e incrivelmente leal aos seus amigos.
3 - Jane Eyre: fascinou-me desde as primeiras páginas do livro. Uma rapariga muito simples mas muito determinada e fiel aos seus valores.
4 - Arya Stark: adorei esta miúda desde o primeiro capítulo do livro da Guerra dos Tronos. Adoro o facto de ela ser tão diferente de Sansa, de ser tão corajosa e justa e de não ter medo de enfrentar as maiores adversidades para conseguir alcançar os seus objetivos.
5 - Daenerys Targaryen: há uma música da Beyoncé no seu novo CD que se chama Flawless e num dado momento ela diz "Bow Down Bitches". Muito sinceramente, acho que esta música seria perfeita para esta personagem. Uma mulher incrivelmente corajosa e destemida e, possivelmente, a melhor personagem feminina de A Guerra dos Tronos.
6 - Hanna Schitz (O Leitor): escolho esta personagem não pelo simples facto de ter gostado dela, mas porque fiquei surpreendida com a sua história e com o que ela estava disposta a sofrer para esconder o seu segredo.
7 - Jane Rizzoli (saga de Tess Gerritsen): enquanto detetives femininas, ela é, sem dúvida, a minha preferida. É direta e não tem medo de fazer frente a quem quer que seja para chegar à solução dos seus casos.
8 - Katniss Everdeen: apesar de não ser das minhas personagens preferidas, reconheço que é uma pessoa que dificilmente podemos ignorar.
9 - Scarlett (E Tudo o Vento Levou): simplesmente clássica.



Desafio 6.2: Apresenta-nos uma das personagens femininas da flor. Que atriz seria ideal para interpretá-la?

Bom, eu aqui vou fazer alguma batota, porque todas as personagens que mencionei foram já interpretadas por atrizes em filmes e/ou em séries. Vou assim escolher aquela que me pareceu a mais interessante.

Escolho Kate Winslet, que interpretou o papel de Hanna Shitz em O Leitor, papel que lhe deu o Oscar. Gostei bastante da sua interpretação porque ela conseguiu aliar bastante bem o lado mais vulnerável da personagem, com a sua vertente mais autoritária. Claro que Hanna acabava por ser mais autoritária, ou parecer mais rispida, porque fazia de tudo para ocultar o seu segredo e porque se sentia demasiado dependente dos outros, posição em que estava claramente desconfortável.




sexta-feira, 7 de março de 2014

Crime e Castigo de Fiódor Dostoievski

Tal como tinha anunciado no início de Fevereiro, li Crime e Castigo com a Catarina do blog Sonhar de Olhos Abertos.

Deixo aqui os links para minha review, mas também para a que a Catarina deixou recentemente no seu blog e que vale bem a pena ler. Em vez de uma review no seu sentido mais tradicional, ela decidiu destacar as 7 razões pelas quais vale a pena ler este clássico da literatura russa. As razões estão bem delimitadas e concordo plenamente com todos os pontos por ela destacados. Fica assim o link para a minha review e para a review da Catarina.

Boas leituras e até ao próximo post :)

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desafio 5 + #Friday Reads

Desafio 5: Estamos a caminhar para o fim da maratona. Como é que vos está a correr?

Comecei a ler The Constant Princess de Philippa Gregory para esta maratona e até agora tem sido uma leitura algo custosa. Já teve os seus altos e baixos, mas ainda não houve nada que me fizesse vibrar ou que me fizesse dizer que este é um livro que vale mesmo a pena ler e que recomendaria a toda a gente.



Os meus planos para este fim de semana serão então tentar terminá-lo ...

Até ao próximo post e boas leituras :)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desfios 3 e 4

Desafio 3: Um livro, um lugar e uma personagem. Vocês estão de viagem; que livro levavam, para onde iam e com que personagem.

  • Livro: dificil escolher um, muito sinceramente. Podería ser qualquer um dos livros que estão neste momento na minha estante... Talvez levasse El Juego del Ángel de Carlos Ruiz Záfon.

  • Destino: bom, tendo em conta que levo um livro em espanhol, acho que aproveitaria para fazer uma espécie de inter rail por Espanha para conhecer algumas das cidades que ainda não visitei (ex: Toledo).
 
  • Personagem: levaría Fermín comigo. Achei imensa piada à sua personagem no livro de A Sombra do Vento e acho, muito sinceramente, que seria uma companhia interessante. Por um lado, porque teria sempre imensas histórias para contar e por outro, porque parece ser uma pessoa verdadeiramente simpática e engraçada. Para além disso, a sua vertente mais sonhadora seria ideal para dar um certo toque de magia à viagem.



Desafio 4: Se vos fosse possível mascarar de um escritor, qual seria e porquê.

Hm pergunta dificil. Talvez de Eça de Queiroz, achava piada ao seu monóculo e parece-me que era uma pessoa com algumas particularidades interessantes ...




terça-feira, 4 de março de 2014

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desafio 2

Desafio 2: É Carnaval e ninguém leva a mal, por isso, vamos mascarar livros? Nós damo-vos as máscaras e vocês os livros.

1) Pirata: um livro que gostaste, cheio de aventuras ou de personagens ambiciosas.

A minha escolha para esta máscara é The Hobbit, não só porque conta a aventura dos anões e de Bilbo Baggins, mas também porque, em si, eram personagens bastante ambiciosas, especialmente Baggins, que apesar dos receios iniciais, acabou por se superar  nesta viagem.

2) Princesa: um livro ternurento que te encantou.

Anna and the French Kiss de Stephanie Perkins. Achei que a história deste livro era muito fofinha e gostei bastante de lê-lo.

3) Um livro que, quando chegaste à última página, só te apetecia amaldiciá-lo.

Para este vou escolher um livro que me irritou bastante, desde o princípio até ao fim, e ele é Os Mágicos de Lev Grossman. Não fiquei fã da história e, honestamente, levou o prémio de elenco de personagens mais irritantes e embirrantes de sempre.


Até ao próximo post :)

 

segunda-feira, 3 de março de 2014

A Rainha no Palácio das Correntes de Ar de Stieg Larsson

Sinopse

Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, completamente impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isto não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas… Entretanto, mantêm-se as movimentações secretas de alguns elementos da Säpo, a polícia de segurança sueca. Para se manter incógnita, esta gente que actua na sombra está determinada a eliminar todos os que se atravessam no seu caminho. Mas nem tudo podia ser mau: Lisbeth pode contar com Mikael Blomkvist que, para a ilibar, prepara um artigo sobre a conspiração que visa silenciá-la para sempre. E Mikael Blomkvist também não está sozinho nesta cruzada: Dragan Armanskij, o inspector Bublanski, Anika Gianini, entre outros, unem esforços para que se faça justiça. E Erika Berger? Será que Mikael pode contar com a sua ajuda, agora que também ela está a ser ameaçada? E quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?

A Minha Opinião

E está assim devorada e adorada a trilogia Millenium de Stieg Larsson ... Surpreendente e entusiasmante desde as primeiras páginas de Os Homens que Odeiam as Mulheres até ao último capítulo de A Rainha no Palácio das Correntes de Ar. Um verdadeiro feito que nem todos os autores têm a capacidade de alcançar, mas que Stieg Larsson conseguiu com mestria.

O que dizer deste último volume da trilogia? De todos os livros, penso que este foi aquele que acabou por ter mais altos e baixos. Houve coisas pelo meio, nomeadamente a explicação dos meandros da Secção e das pessoas que integravam essa organização, que pareciam arrastar-se e que quebravam o ritmo da história mas, o mais curioso, é que acho que tal não se deveu ao simples facto de nesses pontos o livro ser mais descritivo. A introdução de novas personagens, com nomes que tive alguma dificuldade em decorar, acabou por se revelar especialmente penoso para mim. Cheguei a um ponto em que já confundia quem é que trabalhava para quem e onde e de que lado é que estava!

Outro aspecto que, na minha opinião, não estava tão bem conseguido era a história de Erika. Por um lado, foi bom ficar a conhecê-la um pouco melhor e vê-la com uma vida separada da Millenium e do Mikael. No entanto, acho que acabou por ser um desenvolvimento completamente desnecessário, que pouco contribuiu para o avanço da história e que, provavelmente, teria poupado algumas páginas ao livro. Poder-se-ia, contudo, considerar que esta história acabou por ter os seus efeitos em Mikael, dado que ele começou a explorar outros horizontes, e que, de certa forma, permitiu criar uma estranha cumplicidade entre Lisbeth e Erika. 

Por fim, e no que diz respeito às últimas 150 páginas do livro, devo admitir que, apesar de ter gostado, achei tudo demasiado otimista e pouco realista. As peças encaixaram todas demasiado bem e, na vida real, isso dificilmente teria acontecido, especialmente se tivermos em conta a dimensão de toda esta operação. Para além disso, acho que o livro acabou por criar um suspense demasiado grande para o desenlace que se veio a verificar.

No entanto, houve aspectos que brilharam, especialmente os Cavaleiros da Távola Chanfrada, seja pela lealdade deste grupo de pessoas a Lisbeth, seja pelo facto de terem dado tudo por tudo para ajudá-la. Para além disso, a relação de Mikael e Lisbeth continuou a proporcionar dos meus momentos favoritos de toda a história. Apesar de lidarem pouco de forma direta - aliás, durante grande parte da história, apenas falaram através de computadores -, gostei bastante do facto de terem um impacto tão grande na vida um do outro e de se conhecerem suficientemente bem para estarem em sintonia no que faziam.

Em suma, uma boa conclusão para esta trilogia, apesar de ser impossível não ficar com vontade de ler mais sobre estas personagens. Enquanto policial, penso que estes foram dos melhores livros que já li dentro do género, não só pela história, mas também pelas suas personagens e pela forma como consegue manter o leitor preso às suas páginas desde o início até ao fim.

Classificação: 4 estrelas.

 

Maratona Literária Viagens (In)Esperadas: Desafio 1



E começou hoje mais uma maratona literária Viagens (In)Esperadas. A maratona irá decorrer entre os dias 3 a 9 de Março e desta vez temos dois temas à escolha: 
  • Ler livros escritos por autores que usaram pseudónimos
  • Ler livros escritos por autoras e em que a protagonista seja também mulher
Ou seja, uma maratona que tanto liga com o tema do Carnaval e das máscaras, como celebra o dia da mulher!

Desafio 1: Que desafio irão escolher para esta maratona? Vão ler livros de uma das categorias ou das duas?

Eu escolhi ler apenas livros escritos por autoras e com protagonistas femininas porque, muito sinceramente, não tinha nenhum livro na minha estante escrito por um autor que tivesse usado um pseudónimo. Assim sendo, irei abrir a minha participação na maratona com o livro The Constant Princess de Philippa Gregory. Nunca li nada desta autora, por isso esta será uma estreia! Deixo aqui a sinopse para quem não conheça a história:

Catarina de Aragão nasce Catarina, Infanta da Espanha, de pais que eram reis cruzados. Aos três anos foi prometida ao príncipe Artur, filho e herdeiro de Henrique VII da Inglaterra, e é educada para ser princesa de Gales. Sabe que o seu destino é reinar sobre aquela terra distante, húmida e fria.

A sua fé é posta à prova quando o futuro sogro a recebe no seu novo país com uma grande afronta; Artur parece ser pouco mais do que uma criança; a comida é estranha e os costumes vulgares. Lentamente, adapta-se à sua primeira corte Tudor, e a vida como mulher de Artur vai-se tornando mais suportável. Inesperadamente, neste casamento arranjado começa a nascer um amor terno e apaixonado.

Mas, quando o jovem Artur morre, ela tem de construir o seu próprio futuro: como pode agora ser rainha da Inglaterra e fundar uma dinastia? Só casando com o irmão mais novo de Artur, o alegre, mas mimado Henrique. O pai e a avó de Henrique são contra e os poderosos progenitores de Catarina revelam-se de pouca utilidade. No entanto, Catarina possui um espírito lutador é indomável e fará qualquer coisa para alcançar o seu objectivo; mesmo que tal implique contar a maior das mentiras e mantê-la.

Boas leituras e até ao próximo post :)

sábado, 1 de março de 2014

Balanço Leituras: Fevereiro

E mais um mês chega ao fim e com ele vem novo balanço de leituras, desta vez do mês de Fevereiro.

Os resultados não foram tão grandiosos como os de Janeiro, mas a verdade é que com as leituras conjuntas acabei por arrastar durante mais tempo alguns livros. Eis o que li durante este mês:

  • Against All Odds de Jazz Singh: uma história curta e ligeira que li para desanuviar um pouco. É um romance passado na Índia que conta a história de um amor improvável que teria tudo para falhar mas que, surpreendentemente (ou não), consegue vencer. Review aqui
  • Cinder de Marissa Meyer: uma das minhas leituras conjuntas deste mês. Estava com alguma curiosidade em relação a este livro, especialmente depois de ter visto tanta gente na comunidade Bootube a elogiá-lo. Achei que o conceito era interessante e que nos dava uma versão curiosa da história da Cinderela, mas não creio que seja particularmente extraordinário. Review aqui.
  • Glitches de Marissa Meyer: um conto que explora alguns aspectos da infância de Cinder. Muito sinceramente, gostei deste conto. Explorou alguns aspectos que, no livro, tinham ficado em aberto. Review aqui.


  • Crime e Castigo de Fiódor Dostoievski: outra das minhas leituras conjuntas e um livro que já há muito tmepo que queria ler. Review aqui.
  • La Ciudad Ausente de Ricardo Piglia: pensei que este livro seria mais ligeiro do que aquilo que na realidade é. Pensava, muito sinceramente, que iria ser uma leitura rápida. Review aqui.
Relativamente aos desafios literários, eis o meu progresso:

  • Desafio 5x5: li um dos clássicos que tinha colocado na minha lista: Crime e Castigo.
  • Desafio A a Z: foi o único desafio que ficou em stand-by este mês. Não li nenhum dos livros que constam na minha lista.
  • Mount TBR: li dois livros para este desafio e foram eles Crime e Castigo e La Ciudad Ausente.
No geral, penso que acabou por ser um mês positivo, apesar de ter lido menos livros. No entanto, consegui finalmente deitar a mão a alguns dos que já há algum tempo estavam na minha lista de livros a ler.

Boas leituras e até ao próximo post :)